A Presidente da APCAR, Maria Zenith de Andrade Brandão que conduziu os trabalhos, concedeu o título de Madrinha da Associação à Vereadora Lia, que desde a fundação do órgão, tem se feito parceira desta iniciativa que beneficia muitas pessoas, independente da questão política. O patrono da APCAR, que também foi homenageado, é o oncologista Dr. André Loyloa, que atende no INCA (Instituto Nacional do Câncer).
A presidente agradeceu também aos vereadores Jorge Eduardo Mascote, José Maria, Leandro Silva, assim como aos médicos Dra. Solange Marchesini, Dr. Mauricio Schkrab. Ela destacou que também colaboraram com a criação da APCAR, o colunista Andrei Lara e os Senhores Paulo Araujo, Luiz do Comam e o ex-deputado Aurélio Marques.
Zenith lembrou que a ideia desta associação, que tem cerca de 180 membros e atende mais de 250 pessoas, surgiu de seu drama pessoal, já que quando descobriu ter câncer, ela sentiu na pele as dificuldades e preconceitos de quem precisa procurar tratamento em outros municípios: "Quando descobri que estava com câncer, o município se negou a custear a minha cirurgia, e não foi só o meu caso, por isto que é importante termos uma associação que se preocupa, que dá apoio, e luta por estas pessoas. Com o apoio da minha família e amigos consegui pagar minha cirurgia, mas a fila de espera é muito grande, e o portador de câncer não pode esperar". Pontuou Zenith.
A presidente da Associação lembrou que entre as bandeiras dos portadores de Câncer está trazer para Angra um centro de tratamento Oncológico, mas enquanto isto não é possível, a associação vai lutar para que os pacientes que buscam tratamento no Rio de Janeiro ou em Volta Redonda possam viajar com dignidade e com um acompanhante, já que o tratamento quimioterápico ou radioterapêutico é muito debilitante.
"Muitas pessoas não podem levar acompanhantes, fora o fato de que os mais carentes não tem dinheiro nem para um lanche, o que dificulta muito o tratamento. Outro problema é em relação ao ônibus disponibilizado pelo município para levar os pacientes, o veículo chega ao Rio pela manhã e só vai embora de noite, como é que uma pessoa que já está debilitada pode ficar esperando durante todo este tempo?"
Outra questão relatada por Zenith é a falta de medicamentos, que atrapalha o tratamento de muitos portadores de câncer. "A demanda é muito grande e as dificuldades não são poucas, mas graças a ajuda de vários médicos e de pessoas, que preferem ficar anônimas, a APCAR já vem conseguindo atender um número grande de pessoas"; destacou.
Uma das maiores demandas dos pacientes oncológicos é o acompanhamento psicológico, já que além de todos os problemas da doença em si, o portador sofre preconceitos. "Algumas pessoas carregam uma série de mitos sobre o câncer, que ao contrário do que muitos pensam, não se pega no toque ou com um abraço", lembrou Zenith que destacou o fato de que algumas pessoas fingem nem conhecer o doente. "As vezes na própria rede pública de saúde há o preconceito contra o paciente oncológico e já ouvi relatados de pessoas que afirmam que algumas equipes de saúde se recusaram a atender portadores de câncer".
Quem quiser ajudar a Associação, financeiramente ou como voluntário, pode procurar a APCAR em sua sede provisória, localizada na Rua Doce Delta número 410, Jacuecanga, ou pelo telefone (24)3361-7100
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